quinta-feira, 23 de maio de 2013

A LINDA CIDADE DE LUANDA

Embondeiro


Há quem diga que é uma árvore maligna, inclusive o autor francês Saint Exupery no seu conhecido livro "O Principezinho" a descreve como sendo uma árvore que ao espalhar as suas sementes nunca mais nos livramos dela.Mas será? Na realidade é uma árvore secular.

Magnífica e com uma forte tradição africana. Quem não se encanta perante a sua magnitude e imponência? Há exemplares que dão às paisagens africanas um toque de magia. É predominante nas províncias de Cabo Delgado, Inhambane e Tete.

Há uma lenda africana que conta que o embondeiro, nome científico Adansonia, por ter inveja das outras árvores, foi castigado pelos deuses e posto de cabeça para baixo: a copa foi enterrada e as raízes ficaram para cima.

Quando avistamos um fossilizado entende-se a origem desta história. Dependendo da sua idade pode atingir até 20 m de altura. O seu tronco poroso pode ter 10 m de diâmetro e armazenar até 120 mil litros de água, daí resistir a grandes períodos de seca. Por o seu tronco ser tão largo pode servir de abrigo, de loja, celeiro e até de sepultura.

Em Chupanga nas margens do rio Zambeze havia o embondeiro de Livingstone onde consta que o navegador dormiu durante várias noites. Mais tarde sepultaria aí sua mulher Maria mas um incêndio destruiu este templo.

Greg Carr, o multimilionário que investiu no Parque Nacional da Gorongosa também conta que muitos animais procuram abrigo nos braços do embondeiro:

“Galagos, esquilos, roedores, lagartos, cobras, sapo das árvores, aranhas, escorpiões e insectos podem viver toda a vida numa única árvore. Os buracos nos troncos abrigam ninhos de rolieiros, calaus, papagaios, falcões e cucos. Famílias inteiras de corujas ou calaus-do-solo podem viver nas maiores cavidades”, concluindo: “Estamos ainda atentos às águias, falcões, cegonhas e tecelões de bico vermelho que constroem os seus largos ninhos nos ramos distantes.”

Mas se há quem o considere amaldiçoado, há também quem olhe para o embondeiro como curandeiro. Hoje a cultura ocidental sabe tirar partido desta árvore considerando-a como uma fonte de juventude e luta contra o envelhecimento, pois em marcha estão algumas investigações e teses que provam que cremes e medicamentos feitos à base dos seus frutos e sementes combatem os radicais livres, os grandes responsáveis pela nossa degradação celular.

Uma coisa é certa: da casca os locais conseguem fazer fibras têxteis ou corda, do tronco reservatórios de água, do pólen das flores extraem cola, dos frutos alimentam-se, pois as sementes podem ser comidas cruas, transformadas em papas de milho moído ou torradas para fazer uma bebida estilo café.

A polpa parece ter um sabor reminiscente de creme tártaro e algums tribos usam-no para coagular o leite e fazer uma espécie de queijo. Os locais também acreditam que os seus frutos ajudam a tratar algumas maleitas, como a febre. Outra mais-valia: ajuda a emagrecer por saciar o apetite.

Da madeira constroem-se canoas e utensílios para a casa. O seu óleo é igualmente comestível, servindo ainda para fazer sabão. E muito mais… Neste momento há já uma indústria formada para tirar partido de todas as particularidades desta árvore mágica



O EMBONDEIRO




Fruto - Pipino Africano

      Descrição

 A sua forma assemelha-se a um pequeno melão oval, com espinhos grossos. Quando se encontra maduro, a casca possui uma cor alaranjada. A polpa, ligeiramente pegajosa, é verde, com laivos de amarelo, contendo sementes de tonalidade branca, semelhantes às de um pepino. Quando é colhido verde, amadurecendo separado da planta, possui um sabor semelhante a uma mistura de pepino e kiwi. Quando é colhido maduro, possui um sabor semelhante ao da banana. A sua estrutura assemelha-se de certa forma à do maracujá e à da romã. O seu comprimento situa-se entre os 10 e os 15 cm, quando completamente desenvolvido, variando o seu diâmetro entre os 8 e os 10 cm.





   É cultivado principalmente no sul e no centro do continente africano e também nos Estados Unidos, em Israel, no Quénia, na Nova Zelândia e, mais recentemente, também na Itália, em Portugal e na Alemanha

Consumo

O pepino africano é normalmente consumido como sobremesa. É um fruto de efeito visual atraente, dado o contraste entre a casca laranja com espinhos e o verde translúcido da polpa. É consumido cru, com a ajuda, por exemplo, de uma pequena colher. É possível cortá-lo tanto de forma transversal como longitudinal, dependendo da forma como se pretende apresentar no prato, ou da forma como se pretende consumir. Pode também ser utilizado como xarope para uma salada de fruta.

No estado selvagem, o pepino africano contém vestígios de cucurbitacinas, que o tornam extremamente amargo. Esses compostos são tóxicos para os mamíferos e podem provocar vómitos, cólicas e diarreias. Porém, os pepinos africanos cultivados, encontrados no mercado, não contêm cucurbitacinas e não são tóxicos nem amargos


 Cultura


As temperaturas óptimas de germinação das sementes de pepino africano situam-se entre os 20 °C e os 35 °C. A germinação é atrasada a temperaturas de 12 °C e impossível a temperaturas inferiores a 12 °C ou superiores a 35 °C


 Conservação

Não deve ser conservado refrigerado, uma vez que se deteriora mais facilmente em ambientes frios.
Dura muito tempo armazenado, mantendo-se em bom estado de consumo durante meses. As temperaturas óptimas para a sua conservação situam-se entre os 20 °C e os
Um chifrudo cultivado em Portugal 

 Corte transversal


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