sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quando eu foi a Benguela

Benguela (província)

Benguela é uma província de Angola, com sede na cidade de Benguela. Ocupa uma área de 39 827 km² e tem cerca 2 110 000 habitantes, está a 692km de Luanda.
É constituída pelos seguintes municípios: Baía FartaBalomboBenguelaBocoioCaimbamboCatumbelaChongoroiCubal,Ganda e Lobito

Economia

Agro-pecuária: Sisal, algodão, açúcar, café, bananas, feijão, e horticultura, são as produções vegetais. Já a produção animal é feita com carne de porco, e bovina, além de leite e seus derivados
Extração mineral: Tungstênio, grafite e outros minerais.
Industrial: Metalurgia, refino de petróleo, materiais de construção, têxtil e produtos alimentares.

População

A grande maioria da população pertence hoje à etnia dos Ovimbundu, mas os diferentes grupos - (Mu)Ndombe, (Mu)Hanha (ortografia internacional: Hanya), (N)Ganda, Lumbo, Quilengues - foram em geral "umbundizados" apenas no século 19. 1 . Como consequência da Guerra Civil Angolana e do êxodo rural que esta desencadeou, muitos Ovimbundu de outras regiões, nomeadamente da Província do Huambo, migraram para as cidades de Benguela e do Lobito que, como todas as grandes cidades de Angola, cresceram enormemente nas últimas décadas.

Turismo

A capital da província, Benguela, é famosa pelas praia da Morena e praia Baía Azul.
Alguns locais turísticos da província de Benguela são:
  • As primeiras locomotivas da região: Com cerca de 100 anos de idade as locomotivas estão ainda presentes na província.
  • Casa da primeira emissão de radiofusão em Angola: Ocorrida em 1933, por Álvaro de Carvalho.
  • Cemitério do Calundo: Construído em 1881 e ainda a funcionar.
  • Estação do camiho-de-ferro: Localizada em Catumbela.
  • Fortaleza de São Sebastião: Localizada no Egipto Praia
  • Museu da Escravatura: No museu existem registros da época da escravatura, onde os escravos eram enviados para a América.
  • Parque Nacional da Chimalavera: Fica a 45 km de Benguela, possui muitos animais de pequeno porte.
  • Parque Regional do Chongoroi: Nele estão animais de grande porte.
  • Pedras do Sombreiro.
  • Reserva Parcial do Búfalo: Reserva com muitos búfalos e animais deste porte.
  • Restinga: Situado na cidade do Lobito.
  • Vila Catumbela: Ponto visitado por portugueses que paravam para abastecer suas naus antes de ir para as Índias, também é um local conhecido por ser um dos primeiros a ter registros sobre confrontos armados na região no ano de 1916.
  • Viveiro municipal: Local do primeiro tanque de água distribuído à cidade de Benguela

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Imposto das Palhotas

Imposto de Palhota                                                                                  

Com o objectivo de alcançar a ocupação efectiva e o desenvolvimento económico das suas colónias africanas, Portugal concessionou partes desses territórios. Numa primeira fase foram criadas Companhias Majestáticas em Moçambique. Para que estas companhias pudessem cobrar receitas que posteriormente passariam para o estado, for necessário enquadrar essa arrecadação legislativamente; assim, pelo decreto de 31 de Maio de 1887, o Ministro da Marinha e Ultramar Barros Gomes autoriza a criação de um imposto por habitação.

O Imposto de Palhota, que era pago em géneros ou espécie, tornou-se na prática numa forma encapotada de trabalho forçado. Os indígenas para pagarem tinha de ter dinheiro ou prestar serviço às companhias até atingirem o montante de imposto a pagar
Uma vez que a maioria da população não vivia numa economia monetária, era-lhes praticamente impossível ter os montantes necessários para o pagamento do imposto. A solução apresentada era o trabalho por salários baixos ou o cultivo de produtos que tivessem interesse comercial para as companhias.
Mais tarde, já no século XX, a noção que através do trabalho assalariado, nos moldes europeus, o indígena iniciaria a sua "assimilação" é uma das ideias por detrás do estatuto do indígena. Esta situação manteria-se sem alterações de monta até à sua abolição em 1961.

terça-feira, 2 de julho de 2013

MARULEIRA

A árvore dos elefantes: atraídos pelo doce aroma dos frutos, manadas se embriagam com a marula
Nas savanas que se estendem por toda a África subtropical, impera a maruleira. De porte médio, podendo atingir até nove metros de altura, a árvore só existe nessa região do planeta. Nasce sem a intervenção do homem. Frondosa, farta de galhos e folhas, ela chega a produzir 500 kg de frutos por ano. Apesar de se espalhar por 29 países, apenas na África do Sul o fruto da maruleira é processado industrialmente. É desse fruto que se produz o licor Amarula Cream.
Fabricada pelo grupo sul-africano Distell, na Amarula Lapa, em Phalaborwa, na província de Limpopo, a bebida surgiu em 1989, depois de anos de pesquisa. Não foi a primeira experiência da empresa. Desde 1983 a Distell já vinha fabricando um licor com alto teor alcoólico (37%), que deixou de existir com o nascimento do Amarula Cream, que concentra 17%. Eleito por três vezes consecutivas o melhor licor do mundo pela The International Wine & Spirit Competiton, o Amarula Cream é consumido em 150 países. “Hoje, a produção anual é de 13 milhões de litros”, diz o britânico Jaime Maurtua, diretor-geral da Distell para a América Latina. “O Brasil é um dos principais mercados para o produto, responsável por mais de 10% dessa fatia.” Distribuída no País pela Bacardi Martini do Brasil desde os anos 1990, a garrafa de Amarula Cream custa em torno de R$ 55. Este ano, o licor ganhou nova embalagem e rótulo. É a primeira vez que isso ocorre, desde o seu lançamento. “As mudanças modernizaram a marca, mas ícones como o elefante foram mantidos”, diz Maurtua.
Árvore nativa das savanas, a maruleira garante o sustento de populações e fornece ao mundo o licor de marula
A maruleira é uma árvore com distinção de “sexo”. A espécie masculina floresce e a feminina carrega o fruto. Pequena, apresentando formato oval e de cor amarelo-claro, possui uma polpa rica em vitamina C. A polpa é a matéria-prima na produção do licor. O processo de fabricação até o produto final leva dois anos. O primeiro passo é a seleção dos frutos. Depois, a marula é levada para os tanques de segregação, onde lâminas rotativas retiram a polpa que é bombeada para tanques de refrigeração de aço inoxidável. Ali, para evitar a fermentação, elas são mantidas a uma temperatura de 8º C. A polpa é transportada, a granel, por um caminhão-tanque para a adega da Distell. Lá, ela é transferida para tanques onde recebe uma cultura pura de levedura, para a fermentação. Nesse processo que dura entre sete e dez dias, o açúcar da fruta é convertido em álcoo
                                                                                   
 FRUTOS DA MARULEIRA
LICOR DA MARULEIRA